Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa, Portugal no dia 18 de Dezembro de 1894, batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade e panteísmo.
Poesia que encanta e nos transmite beleza, simplicidade e sensibilidade.
Eu...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,
e desta sorte Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca
fonte: osdeslimitesdapalavra.blogspot.com
Poema triste e que veio de uma pessoa sofrida,sensível e acomodada ao sofrimento,por isto talvez tenha morrido tão cedo.
ResponderExcluirMas lindo o que pude ler.